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Farmacodinâmica

 

Os canabinóides exercem o seu efeito pela interação com os recetores canabinóides endógenos.[7]

 

O recetor canabinóide neuronal é designado de recetor CB1. Os recetores CB1 encontram-se distribuídos pelo córtex cerebral, área límbica (incluindo o hipocampo e amígdalas), gânglio basal, cerebelo, tálamo e tronco cerebral.[7] Estas regiões são responsáveis pela cognição, memória, recompensa, ansiedade, dor, perceção sensorial, coordenação motora e função endócrina.[2]

 

Um segundo recetor, o recetor CB2 encontra-se presente nos macrófagos, no baço, estando também presente em outras células do sistema imunitário.[7] A ação exercida nestes recetores relaciona-se, basicamente, com a ação supressora dos canabinóides.[2]

 

Os ligandos fisiológicos para estes recetores pertencem à família das anandaminas, que derivam do ácido araquidónico, relacionadas com as prostaglandinas.[2]

Afigura-se que há um sistema endógeno dos recetores de canabinóides e anandamidas que normalmente modulam a actividade neuronal visto exercerem efeitos sobre as proteínas G intracelulares, responsáveis pela formação de AMPcíclico e no transporte dos iões de cálcio e potássio. [7] (Ver mecanismo de ação)

 

No seguimento disto, podem existir interações importantes com outros neurotransmissores, incluindo o ácido gama-aminobutírico, opióides e monoaminas. Um caso particular, é o facto de o THC diminuir a ligação da dopamina ao núcleo acumbens e ao córtex pré-frontal. [7]

[14]

Figura 4 - Localização dos Recetores CB1.

Figura 5 - Anandamida.

2.    Ashton, C.H., Adverse effects of cannabis and cannabinoids. British Journal of anaesthesia, 1999. 83(4): p. 637-649.

7.    ASHTON, C.H., Pharmacology and effects of cannabis: a brief review. The British Journal of Psychiatry, 2001. 178(2): p. 101-106.

 

Imagens: 

14. (Figura 4): http://reginaldobatistasartes.blogspot.pt/2011_12_01_archive.html?view=classic

 

 

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